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O que fazemos?

A atuação do CRIA está estruturada em quatro eixos estratégicos, com foco na garantia do direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes afastados de suas famílias por medidas de proteção.

 

O primeiro eixo foca na prevenção do acolhimento institucional e no fortalecimento dos vínculos familiares. Aqui, o objetivo é evitar a ruptura dos laços afetivos e apoiar famílias em situação de vulnerabilidade. Entre as iniciativas, destaca-se o projeto “Fortalecendo Vínculos”, que realiza ações domiciliares e comunitárias permanentes voltadas à reconstrução de relações familiares fragilizadas. Já a “Escola de Famílias”, que promove formação continuada sobre temas como parentalidade e cuidado protetivo, e o projeto “Unir para Cuidar”, que articula a rede de proteção para uma atuação preventiva e integrada, são realizados conforme disponibilidade de financiamento.

Maria Luiza, Isabela e Isabel de Sousa

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O segundo eixo está voltado à garantia de direitos e à promoção de alternativas protetivas, especialmente por meio do Serviço de Acolhimento Familiar Provisório. Previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) como a forma prioritária de acolhimento, esse serviço identifica, forma e acompanha famílias acolhedoras que recebem, em seus lares, crianças e adolescentes em situação de risco, garantindo um ambiente familiar, seguro e afetuoso. Além disso, o projeto “Nas Trilhas da Autonomia” oferece suporte aos adolescentes em fase de desligamento do serviço de acolhimento, promovendo sua inserção na vida social, educacional e produtiva. Também são realizadas ações permanentes de mobilização social, como campanhas sobre entrega legal para adoção, prevenção ao abandono, manhãs de lazer, sessões de cinema e outras atividades que incentivam a convivência comunitária.

O terceiro eixo tem como foco a construção de uma nova cultura da adoção, com ações voltadas à sensibilização, orientação e apoio técnico às famílias pretendentes e adotantes. Entre as principais iniciativas estão os atendimentos individualizados, os encontros presenciais e virtuais “Papo da Adoção”, a Caminhada da Adoção, o Encontro Estadual da Adoção, Exposições Fotográficas e a produção de conteúdos digitais informativos e formativos. O CRIA também mantém grupos virtuais interativos onde pretendentes, adotantes e pessoas engajadas na causa podem compartilhar experiências, formar redes de apoio e fortalecer vínculos com outras famílias que vivem o mesmo processo.

O quarto e último eixo trata da atuação institucional e da incidência em espaços de participação e controle social. O CRIA participa ativamente de fóruns, redes e conselhos voltados à infância e adolescência, contribuindo para o aperfeiçoamento das políticas públicas e o fortalecimento da articulação interinstitucional. A organização integra e atua na Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD), no Movimento Nacional da Adoção (MNA), na Rede Nacional pela Primeira Infância (RNPI) e na Rede Estadual pela Primeira Infância no Piauí (REPI-PI), onde exerce atualmente a coordenação. Também compõe o Grupo Gestor do Pacto pelas Crianças do Piauí e ocupa a presidência do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Teresina (CMDCAT), reafirmando seu papel de liderança e compromisso com a proteção integral de meninos e meninas.

PRINCÍPIOS E VALORES

RESPEITO ÀS CRIANÇAS E ADOLESCENTES COMO SUJEITO DE DIREITO E PROTAGONISTA DA PRÓPRIA HISTÓRIA

Respeitar as crianças e adolescentes como sujeitos de direito significa reconhecer que eles possuem dignidade, autonomia e capacidade de tomar decisões sobre suas próprias vidas, dentro de sua realidade. Eles não são apenas dependentes de cuidados, mas também protagonistas de suas histórias, com voz ativa em processos que afetam seu desenvolvimento e bem-estar. Isso implica em garantir que suas opiniões sejam ouvidas, respeitadas e consideradas em todas as ações que envolvem seu futuro, assegurando que seus direitos sejam integralmente protegidos.

RESPEITO AO SENTIMENTO E NECESSIDADE DE AFETO DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES INSTITUCIONALIZADOS

Respeitar o sentimento e a necessidade de afeto das crianças e adolescentes institucionalizados é reconhecer que, além de cuidados materiais, eles precisam de vínculos afetivos seguros para se desenvolver de forma saudável. O acolhimento deve ir além da proteção física, promovendo relações de carinho, escuta e acolhimento emocional, valorizando suas histórias, dores e esperanças. O afeto é um direito e uma necessidade fundamental para a construção da autoestima, da confiança e do sentimento de pertencimento.

Maju, Evi, Vladimir e Lana Veras

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ATENDIMENTO EM PEQUENOS GRUPOS E PREFERENCIALMENTE EM ACOLHIMENTO FAMILIAR

O atendimento em pequenos grupos e, preferencialmente, em acolhimento familiar garante um cuidado mais individualizado, afetivo e próximo da realidade de uma convivência em família. Essa abordagem favorece o vínculo, a escuta qualificada e o desenvolvimento integral da criança ou adolescente, reduzindo os impactos da institucionalização. O acolhimento familiar é reconhecido como a forma mais adequada de proteção, pois proporciona um ambiente acolhedor, estável e humanizado, essencial para a formação emocional e social.

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Aline, Montovani e Rita de Cássia Lisboa

RESPEITO AOS VÍNCULOS AFETIVOS COM GARANTIA DA CONVIVÊNCIA ENTRE IRMÃOS E MÍNIMA ROTATIVIDADE NO ACOLHIMENTO

Respeitar os vínculos das crianças e adolescentes significa preservar suas relações afetivas essenciais, especialmente com irmãos e figuras de referência. A separação de irmãos ou transferências frequentes entre acolhimentos gera insegurança, sofrimento e prejuízos emocionais. Manter esses vínculos é garantir estabilidade, continuidade de laços afetivos e o sentimento de pertencimento, elementos fundamentais para o desenvolvimento saudável e para a construção de uma trajetória de vida com dignidade e proteção.

PREPARAÇÃO PARA A VIDA AUTÔNOMA A PARTIR DE TAREFAS COTIDIANAS

A preparação para a vida autônoma a partir de tarefas cotidianas refere-se ao processo de ensinar e estimular crianças e adolescentes acolhidos a desenvolverem habilidades práticas e comportamentais necessárias para a vida adulta. Isso inclui atividades como cuidar da higiene pessoal, organizar seus pertences, preparar refeições simples, administrar pequenos recursos financeiros, cumprir horários e assumir responsabilidades progressivas. Ao inserir essas práticas no cotidiano do acolhimento, promove-se o desenvolvimento da autonomia, da autoestima e da capacidade de tomar decisões, essenciais para uma transição segura e responsável para a vida fora do acolhimento.

Garantia do direito à convivência familiaR

Garantir o direito à convivência familiar significa assegurar que toda criança e adolescente cresça em um ambiente com afeto, cuidado e vínculos estáveis. Isso inclui priorizar medidas que mantenham ou restabeleçam os laços familiares e, quando não for possível, viabilizar a adoção ou o acolhimento familiar, evitando a permanência em instituições. A convivência familiar é essencial para que a criança receba os estímulos necessários ao seu pleno desenvolvimento cognitivo, emocional, social e psicológico, sendo um direito fundamental previsto em lei.

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